segunda-feira, 3 de junho de 2013

CONVERSA DE HOMEM

Quando ando pelas ruas, vejo muitos homens conversando em rodinhas de bar, caminhando em duplas, em mesas de dominó, até dentro dos ônibus - a maioria, com mais idade.
O que intriga é o papo comum a quase todos - futebol ou "traseiro" de mulher.
Na maioria das cidades brasileiras, não há time de futebol, de verdade.
Mas mesmo numa cidade pequena, esses homens acompanham os maiores times do País e ficam ali, jogando conversa fora, dando palpites, como se entendessem do assunto. 
Sabem os nomes dos jogadores, analisam as jogadas que deram certo (ou não), e passam muito tempo, numa conversa repetitiva e sem graça. 
Quanto ao tema das mulheres, eles torcem o pescoço rapidinho, quando passa uma moça com roupa um pouco justa (ou demais!).
E os comentários não se pode escrever - são ofensivos à toda a classe feminina. 
A gente se pergunta sobre as causas de um interesse tão limitado desses "cérebros" masculinos (não todos, é claro!): pode ser falta de cultura geral - eles não compreendem o noticiário mais abrangente, e o futebol é mais fácil; no caso dos comentários sobre as mulheres que passam, prefiro pensar que seja só pelo gosto da beleza...
Mas acredito que a injustiça, a limitação aos homens em geral, começa quando são meninos - desde muito novos, eles precisam "torcer" pelo time do pai, do avô, do irmão, do padrinho. É claro que os meninos pequenos, não sabem nada sobre futebol, como esporte - as regras do jogo, etc. Mas eles se declaram "torcedores" e pronto. Até na mídia, aparecem meninos "gracinhas" que sabem cantar o hino do time "do pai".  Também, desde muito cedo, eles têm que dizer o nome da namorada - geralmente, um tio, o avô, o vizinho, se encarregam de "enquadrar" a criança - ele fica sem saída e inventa uma namorada, muito precocemente. 
Não parece uma delimitação de área? Dá a impressão de que um homem que se interessar por outros assuntos, não é macho.
É verdade que uma parcela da população masculina não se enquadra neste perfil - são homens que usam "toda" a capacidade cerebral que Deus lhes deu - mas, em nosso País, são minoria. 
É pena - tomara que a família perceba logo esse erro de educação, e contribua para que os meninos pensem grande, tenham horizontes maiores, sem abrir mão de esportes e beleza feminina.
Precisamos de homens por inteiro - com cérebro, pensantes.  Nossas famílias estão indo de mal a pior - nem temos mais adolescentes, como antigamente - hoje, quase todos são pais e mães precoces, delinquentes ou coisa pior.
As mães sozinhas não dão conta de "educar" os filhos: - é tarefa para 4 mãos - é trabalhosa!
Sinto muito pelos homens que estão lendo este desabafo, pois não se enquadram  nesse perfil - mas podem ajudar, falando com os outros homens, menos esclarecidos. Há muita coisa boa para ocupar o cérebro - se não for para "cuidar" da geração futura, que seja para evitar o Dr Alzheimer ...

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