sábado, 7 de março de 2015

DIA DAS MULHERES (08/03/2015)


Este dia 8 de março pode ser uma excelente oportunidade para um olhar mais cuidadoso sobre
o lugar da mulher no mundo atual, bem como para a nossa atitude frente às esperadas homenagens.
No Brasil, as manchetes da imprensa em geral denunciam erros cometidos por mulheres que
detêm em suas mãos (ou canetas) o poder. 
São erros graves que causam prejuízo direto à toda a população brasileira (imediato e para o futuro), bem como diminuem o respeito que nosso País começava a conquistar nas Democracias mais relevantes do Mundo.
Talvez o efeito mais perverso seja a morte da esperança dos que nunca ousaram sonhar com uma
vida melhor.
Não podemos saber a real motivação dessas mulheres da política, mas em nossos dias grande
parte de nossas líderes na “arte de governar/administrar ou produzir leis” está sendo tão infame
ou venal como qualquer político de caráter duvidoso.
Na esfera politica, nosso País viveu séculos de dominação masculina, onde à mulher era reservado
o papel de secretariar, organizar (decorar) gabinetes, ou até servir de adorno e atrativo sexual em festas exclusivas.
No mundo corporativo, seu papel limitava-se a ser secretária (cujo requisito mais esperado
era a beleza física), comissária de bordo, instrumentadora de cirurgias para médicos importantes,
Pesquisadoras "auxiliares", acompanhantes de luxo, professora das fases iniciais do ensino, anfitriãs
de reuniões importantes de seus maridos ou chefes ou até mesmo “uma simples doméstica”,etc.etc.
Mas a mulher, com raras exceções, não era reconhecida como um ser humano pensante e capaz.
Tudo isto mudou nas últimas décadas. 
Com o acesso das mulheres à escolaridade, e aos postos de administração e chefia, muitos brasileiros imaginavam que nossa Nação passaria a ter políticas de gestão mais focadas nas necessidades imediatas da população.
Além disso, muitos de nós pensávamos que a equipe governante seria composta por técnicos competentes e de reputação ilibada.
Pensávamos que, com sua “visão periférica e sexto-sentido”, elas estariam atentas (e se oporiam) às propostas de corrupção, de má fé e irresponsabilidade no trato da “coisa pública”.
Sonhamos com um Brasil melhor, o despertar tem sido um pesadelo, a cada manhã. Cada dia, as notícias atestam a deterioração da moral, da ética e das famílias como células que já não ajudam a construir uma Pátria de verdade.
As políticas de Governo não são planejadas - pensadas a médio e longo prazo, para benefício das gerações futuras. O que se faz (e muito mal) é remediar, fazer remendos, quase sempre "tapar o sol com a peneira".
Então, nada mais natural que nossa esperança esteja sofrendo corrosão.
Mulheres que conquistaram o direito de governar, legislar e administrar (com honrosas exceções) conseguem ser tão ou mais corruptas que seus antecessores do sexo masculino.
É possível que a motivação de muitas delas nem seja o vil metal: – um depósito bilionário em algum paraíso fiscal.
Acredito muito mais no apelo da vaidade, na necessidade de mostrar poder pela simples assinatura, numa vingança velada pelos séculos de dominação masculina.
O fato é que pouca coisa mudou para melhor, com a chegada das mulheres ao Poder.
Também é inegável que há exemplos de honra e orgulho na área das Ciências (em todas as suas ramificações), na Administração de algumas Corporações, até no Jornalismo isento.
Nas questões do Judiciário, algumas Juízas, Delegadas e Promotoras de Justiça têm sido tão eficientes e atentas que acabam por ser assassinadas, por ter se recusado a compactuar com esquemas criminosos.
Temos visto mulheres que por esforço próprio conquistam posição de influenciar a sociedade, seja pelo exercício de funções em chefia em Departamentos de Universidades, de Grandes Clínicas Médicas, e até de Conglomerados Financeiros ou do Comércio.
A começar pelo cuidado na educação dos filhos (seus e das outras famílias), pela implantação de organogramas, orçamentos e procedimentos com base no que é prioridade, essas mulheres relativamente jovens podem mudar o panorama atual e ajudar a construir um Brasil que nos cause orgulho.
O que nos faz acreditar em dias melhores é o número sempre crescente dessas mulheres que descobriram que podem “pensar” seu futuro; o acesso à informação (que não está nas redes virtuais de bate-papo) está ajudando a grande maioria das jovens de nosso País.
Podemos ter esperança de dias melhores, inspirados nos excelentes exemplos de Juízes e Juízas incorruptíveis, de Pesquisadores da Ciência, de Professorinhas anônimas que criam alternativas eficientes de ensino, e até de algumas poucas mulheres que administram com inteireza de caráter a “coisa pública”.
Nossa esperança se renova quando convivemos com mães sem educação formal, mas doutoradas em vida honrada, que abrem mão de seu conforto pessoal para garantir educação de qualidade e um futuro decente para seus filhos.
Para essas novas mulheres (independente de sua idade) fica a minha sincera homenagem – tenham coragem!
Deus está ao lado (e à frente) dos que buscam e praticam o bem e a justiça.

Porventura não  erram  os  que  praticam o mal?
  Mas  beneficência e fidelidade  haverá  para os  que  praticam o bem”     
                                                                           (Provérbios de Salomão 14:22)

 “Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, 
   mas quando o ímpio domina, o povo geme . (Proverbios de Salomão 29:2)

"Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens (e mulheres) em covardes.” (Abraham Lincoln )




quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

JE SUIS UN CHRÉTIEN

O mundo que chamamos civilizado ainda não se refez inteiramente dos atentados em Paris e cercanias. Quase dá para dizer que foi apenas mais um ato de terror. Parece que já nos acostumamos com o repetir desses atos que "eliminam" pessoas por sua forma "diferente de pensar" - já nem nos causa tanto susto - apenas o grau de indignação difere, dependendo das pessoas atingidas.
A Europa maravilhosa e quase inatingível como era conhecida já não existe mais - hoje seu território é comum a todas as nacionalidades e etnias, ricos, pobres, com sangue nobre ou apenas sua fé correndo pelas veias.
A maioria dos formadores de opinião costuma jogar a culpa dessa situação no afunilamento dos espaços habitáveis, na real escassez de água no planeta, na fome que apavora milhões de pobres em lugares nem tão pobres assim.
Mas há que lembrar das ditaduras, da falta de misericórdia e generosidade em muitos Países do mundo subdesenvolvido ou governado por líderes nanicos.
Essas circunstâncias estão tangendo as populações para os lugares onde parece haver mais grana, mais liberdade, mais riqueza, mais possibilidades de se dar bem, ou mesmo viver uma vida comum.
E então o espaço se torna apertado demais para tanta diversidade, tantos usos e costumes tão diferentes, tantos deuses criados pelas próprias criaturas.
Certamente o local escolhido para o ataque não foi acidental: - Paris é a cidade mais charmosa do mundo - já não pertence somente à França -  é território da humanidade.
Apesar de encanto singular da famosa cidade, sua população (que já nem é tão genuinamente francesa) tenta sobreviver e manter sua cultura em meio ao desemprego, à explosão de imigrantes de países miseráveis e à liberdade ampla e irrestrita sobre costumes e valores, que traz mudanças nem sempre desejadas.
Os costumes e jeito de ser "francês" já perderam seu espaço há muito tempo.
Mesmo na França, nos dias de hoje ser "politicamente correto" é obrigatório. 
Isto significa estar alinhado ao jeito de pensar e agir dos principais formadores de opinião dos jornais, revistas, blogueiros famosos e personalidades da moda e das telas (grandes ou pequenas).
Pouco importa se essas "personalidades" são íntegras, se vivem em condições de normalidade (quando estão longe dos holofotes), se adotam comportamentos que possam garantir uma vida longa e saudável. Pouco se fala de alguma contribuição relevante que possam ter feito ao ser humano comum.
Seu posicionamento e suas ideias ante os acontecimentos mundiais se tornam LEI a ser obedecida, seu jeito de viver passa a ser um sonho de consumo dos bobos da corte.
E o mundo civilizado recomenda que todos sigam suas ideias - para que seja alcançada a paz mundial...

O estopim desse último episódio em Paris foi o assassinato dos 4 chargistas - indivíduos desconhecidos (até então) de qualquer pessoa que não fale francês e não pertença à área do jornalismo. 
De um momento para outro eles se tornaram "vítimas mundiais".
Não dá para dizer que eram unanimidade: - muitas pessoas não achavam graça nenhuma em seus desenhos, caricaturas e charges.

No episódio em Paris a violência foi praticada por aqueles que não se formataram ao "modelo" exigido pelos donos do mundo: - chamados radicais, extremistas, atrasados, trogloditas.
Os jovens muçulmanos extremistas não estão nem aí para essa qualificação de ser ou não politicamente corretos.
Embora ambientados nos grandes centros de cultura, lazer e comércio, ajustados ao conforto e à segurança encontrados numa cidade como Paris, eles não abrem mão dos ensinamentos e da disciplina adquiridos desde a infância, da lealdade à sua fé e à família. 
Mas são vistos com alguma simpatia e profundo temor. À simples ameaça de um ataque terrorista, a mídia ocidental (e as personalidades oportunistas) forma uma compacta linha de frente em defesa do Islã como sendo uma religião que busca a paz, que esses poucos terroristas nããão representam o islamismo, bla,bla,bla.
Palavras vãs! O protesto com morte em Paris foi em defesa de sua fé, de seu Profeta.
No íntimo, todo muçulmano devoto não tolera piadas, filmes ou charges contras seu deus - para os fiéis do Islã, tudo isso não passa de profanação e blasfêmia.

Os cristãos sabem muito bem o que significa morrer por sua fé. Cerca de 150 mil cristãos estão sendo exterminados anualmente em Países onde sua fé é minoritária.
Essa mortandade, contudo, não move a comunidade internacional, porque, para as pessoas cultas e bem qualificadas socialmente, a opinião dos cristãos é quase sempre ultrapassada, inculta, "sem noção". Também somos qualificados de fundamentalistas.
O próprio semanário francês também estampou charges satirizando os cristãos e seu Deus - mas nunca foi alvo de atentados por isso.

O assassinato em Paris teria tido menor publicidade, não fossem os personagens envolvidos: 
4 chargistas parisienses e os 2 atiradores ditos muçulmanos.
Fosse de outro modo, talvez a notícia também durasse poucas 24 horas.
Mas não há como negar que o episódio de violência foi muito bem aproveitado por quem vende notícias, pelos políticos oportunistas e ainda serve como eficaz propaganda e divulgação da fé islâmica - ainda que todos digam que estão chorando pelas "novas vítimas do terror".