quarta-feira, 25 de junho de 2014

O SEU SARNEY

Nestes últimos dias o político de carteirinha José Sarney anunciou que vai se retirar da vida pública, após 60 anos de "trabalho pela causa do povo"...      Conta outra!
Sabe-se que a família Sarney domina a política no Maranhão por longos anos, além de ter acumulado uma fortuna que um trabalhador comum dificilmente conseguiria. 
Em rota contrária, o Maranhão é um estados mais pobres da Federação.
Então não dá para concordar que o Sarney tem 60 anos de serviços prestados à vida pública: - ele sempre trabalhou em causa própria e se deu muito bem.
Toda a sua trajetória é de "adesão": - em todo esse tempo de vida pública, ele e sua família sempre estiveram aliados ao Governo da hora - nunca foi oposição!
Pena que sua vaga não seja cancelada - só podemos torcer para que seja ocupada por um brasileiro patriota, que defenda os interesses do povo - mas esta é uma esperança muito tênue...
A questão urgente é identificar os Sarneys da demais regiões do País - quem são os políticos que estão se dando bem na vida pública - e não reelegê-los, nem votar em quem recebe seu apoio.
Alguns sites já informam o patrimônio pessoal de cada político - dá para conferir.
Mas é preciso observar a lista pelo sobrenome - filhos, sobrinhos, genros e noras - em geral, toda a família dos políticos se beneficia dessa tal "vida pública"!
Aqui em Santa Catarina, a dança das cadeiras já começou: - os prováveis indicados para concorrer às eleições têm os mesmos sobrenomes - os "Sarneys" daqui não querem abrir espaço.
Temos um longo caminho a percorrer para chegar ao nível das democracias excelentes, onde os representantes do povo trabalham por vocação e não buscam seu próprio enriquecimento.
Mas é hora de eleições: - podemos "aposentar" todos os "Sarneys".

terça-feira, 10 de junho de 2014

PERSISTEM NO ERRO!

Ouvi hoje cedo uma notícia breve sobre a inauguração da nova torre de TV de Brasília, reformada para atender à demanda dos turistas que visitam a capital do País.
Ela estava mesmo bem gasta e precisava de uma boa reforma - nada a questionar.
A questão é o custo dessa infeliz reforma: - DOZE MILHÕES DE REAIS!!!!!!!
É certo que não ando comprando ferro de construção, nem concreto ou mesmo tintas especiais anti ferrugem.  Além disso, sendo em Brasília, talvez os preços sejam mesmo bem mais elevados...
Mas 12 milhões de reais é muita grana!    Que torre cara, hein? 
Penso que muitos construtores do Brasil fariam por um preço menor. 
E nem dá para falar nos empreiteiros do Japão: - mesmo que apresentassem a conta em ienes (dólares?) 
- acho que seria mais em conta...
O que dá para se constatar, de novo, é a falta de objetividade, falta de prioridades que determina quase todos os atos do Governo - será que não enxergam a falta de hospitais, escolas, creches, estradas?
Como podem não perceber que o povo precisa de obras muito diferentes de uma simples torre de TV? 
E ainda se dizem governo popular...   

segunda-feira, 9 de junho de 2014

VIZINHO NORMAL

Ocorreu em São Paulo, mais um crime brutal, desta vez num condomínio de classe média:
- é o caso do morador que matou, esquartejou e tentou incinerar o corpo do zelador do Condomínio.
O assassino confesso alegou que a vítima havia "ameaçado" seu filho pequeno.
Além do espanto e horror pela situação mórbida, há que se pensar sobre o espaço que o egoísmo e a necessidade de satisfação pessoal têm ocupado na vida de pessoas comuns, "que podem estar morando na porta ao lado".
No caso, o assassino é uma pessoa que possui diploma universitário, casado com uma advogada.
Residia em um condomínio de bom nível e tinha até casa na praia. (Dizem que era um bom vizinho - normal!!!)
Talvez tivesse bens demais. Talvez sua vida estivesse tão excessivamente focada em suas necessidades pessoais, que as demais pessoas não tinham importância - suas vida não tinham nenhum valor.
O Crime não foi cometido por um motivo relevante - nem foi preciso.
Um desentendimento, uma discordância por motivo banal, um simples desagrado se transformaram em motivo forte para exterminar a pessoa que causou aquele desconforto - simples assim. É só matar.
                          Como assim, matar? Exterminar?
Já faz algum tempo que a mídia expõe manchetes sobre crimes hediondos, cometidos por menores infratores - lembra o caso do menino arrastado pelas ruas de uma bairro no Rio de Janeiro? Pois é. Naquele caso, havia a "desculpa" da falta de oportunidades dadas ao menor, o despreparo da família, a ausência do Estado, bla,bla,bla.
Mas agora, temos um assassino que não se encaixa neste perfil - ele não é um menor abandonado.
Então resta aos "especialistas" explicar o inaceitável: - o egoísmo, o excessivo afagar do próprio ego,
a necessidade de satisfazer todas as necessidades, conforme o dinheiro e o poder que se tem - ou não!
Não dá mais para dizer que o ser humano é bom por natureza: - somos egoístas.
A frase "você precisa se amar" tornou-se verdade, de tanto ser repetida pelos egoístas da TV:
- é chavão para mulheres inconformadas com o efeito que o passar dos anos produz no corpo; são homens irresponsáveis que deixam a família em casa, para curtir noitadas com "prazeres" inconfessos; são pais egoístas que "pagam" para que alguém cuide de seus próprios filhos, para que possam usufruir seus momentos de inconsequência e desregramento.
A partir desse sentimento de satisfação pessoal "até as últimas consequências", não dá mesmo para respeitar pessoas comuns que tenham opiniões diferentes, ou "levar desaforo para casa": - qualquer pessoa estranha a esse "desejo" significa uma ameaça - e precisa ser eliminada...
Foi isto que fez o publicitário em São Paulo, é assim que age o cara que saca uma arma do porta-luvas e mata o motorista ao lado, só porque ele deu sinal de luz, buzinou ou gritou um palavrão.

Quão distante estamos do Modelo ensinado por Jesus Cristo:
"Quando Pedro perguntou : -Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu ofensor - sete?
  E Jesus respondeu: não te digo apenas sete, mas setenta vezes sete" (Mat 18:21-22).

Nesse episódio, a ênfase do Filho de Deus era necessária, pois Ele estava ensinando a respeito de um princípio fundamental para os relacionamentos humanos - o perdão.
Em nosso tempo diríamos desculpar, deixar para lá, "esqueça!".

Contudo, nos tempos atuais, não há mais espaço para os mandamentos de Jesus: - que conversa é essa de perdoar, amar o próximo "como a si mesmo"? A maioria das pessoas nem sequer ouviu falar sobre isso, porque institucionalizou-se (como política de Estado,) a descrença neste Deus Soberano: - já não há espaço nos currículos escolares para o ensino de Sua Lei ("Não matarás!").
Por isto, chegamos à barbáries como esta: - tirar uma vida como se esmaga uma barata.
Há milhares de amantes de si mesmo por aí - muito preocupados em "ser felizes" - fazem qualquer negócio, abandonam filhos e cônjuges, negam valores de família.
Quanto às consequências de qualquer ação cruel para garantir esse total contentamento, tendo dinheiro para pagar um bom advogado, sempre se dá um jeito...
Mas que ninguém se engane : - não existe real contentamento às custas da desgraça alheia.
Se a justiça dos homens não corrigir o abuso contra o semelhante, a própria consciência, mesmo que escondida nas profundezas da alma, irá reagir -  e o sofrimento interior será implacável.
Ferir a Lei de Deus não é sinal de inteligencia!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

POR QUE NÃO DEU CERTO?

Já faz muitos anos que nós, os brasileiros, ouvimos falar que o Brasil "seria" o Pais do Futuro e que em pouco tempo nos tornaríamos uma Nação líder, capaz de dar bons exemplos e servir de modelo aos demais Países do mundo.
Até hoje, muitos dizem que o Brasil é um País "abençoado por Deus" e sonham com a vitória sem esforço.
Mas hoje, de tanto ouvir esse discurso sem consequencia, a bola murchou de tal modo, que nem a bola da Copa do Mundo parece despertar a fé num futuro promissor.
São tantas mazelas, tantos descaminhos que a esperança parece ridícula.
Mas, cá no fundo, uma pergunta persistente sempre volta, mesmo às mentes mais despreocupadas com o futuro: - por que está dando tudo tão errado?
Algumas constatações podem responder ao questionamento:
- faltam vias de escoamento para a produção do agronegócio e das industrias brasileiras;
 - com as estradas abarrotadas de veículos pesados, andando em ritmo lento por      "obras na pista",  o  número de mortos em acidentes cinematográficos é semelhante ao dos Países em guerra civil (como Afeganistão, Síria e tantos outros);
- nas escolas, além da falta de equipamento, qualificação e remuneração digna aos  professores, sobram  descaminhos de pedofilia, maus tratos, currículo que não  privilegia o conhecimento técnico  (que   capacita e promove mudanças), mas    estimula a sexualidade precoce ao invés de enfatizar  o  patriotismo, o respeito aos  direitos dos outros e às autoridades;
- as pessoas estão perdendo a vida precocemente, seja por falta de prevenção na    saúde, seja por  hábitos    deletérios de uso de álcool e drogas, promiscuidade e,  acima de tudo, porque a Saúde Pública não funciona de modo proporcional e  abrangente (quando as próprias "autoridades" procuram Hospitais  Particulares  para cuidar de sua saúde, já se sabe que a fila do SUS não atende...);
- parte importante da Imprensa (que em muitos casos pode funcionar como o 4º  Poder, ao denunciar e exigir clareza sobre desvios e desmandos), parece estar  subserviente ou mesmo conivente com o Governo da hora; - ousamos questionar  se os contratos de propaganda "oficial" valem mais do que o futuro da Nação - o  futuro de seus próprios filhos e netos;
- a extrema erotização de quaisquer eventos, seja na TV ou nas "festas populares"  tem despertado na população jovem uma fúria por possuir e dominar as mulheres  (aí podemos incluir tanto os desequilibrados moralmente (menores delinquentes),  como algumas "autoridades" do interior do País - neste momento, há uma  investigação em curso sobre políticos de um município que "compravam" o  direito de estuprar meninas e meninos);
- a Polícia, muitas vezes impotente (por desqualificação ou falta de remuneração e  condições dignas de trabalho), freqüentemente é corrompida; - é que fica difícil  acreditar nas promessas do discurso das autoridades - os policiais constatam, a  cada dia, que o Crime pode compensar;
-  a maioria dos políticos, tão logo eleitos, começa por negar de modo sistemático  e progressivo os princípios de honra e decência (prometidos antes da eleição); -  o povo já não acredita em mais ninguém, porque sabe que quase nenhum político  quer o progresso da Nação - cada um busca seu próprio progresso e  independência financeira a curto prazo;
- o Poder Judiciário está eivado de componentes políticos que impedem a garantia de uma justiça igual para todos: - alguns criminosos de colarinho branco recebem tratamento privilegiado;
- uma parcela significativa das Igrejas, que poderiam e deveriam cumprir sua  Missão de conduzir o povo nos caminhos de Deus, exercer sua função de chamar  à honestidade, à bondade e misericórdia, já perderam seu espaço, porque  perderam sua respeitabilidade; - quando os cidadãos comprovam os desvios dos  "homens santos", acabam por concluir que seu "deus" não passa de ilusão - e  fogem das Igrejas.

É fato que a vida está cada vez mais difícil para todos os cidadãos do mundo - mesmo aqueles que vivem em Países ricos - sua tecnologia, seu dinheiro e cultura substituíram o temor a Deus - com esse vazio, a falta de fé e o desencanto têm produzido altos índices de suicídios e chacinas (vide Noruega e USA).
Assim, já nem desejamos pertencer ao clube dos Países do 1º Mundo - lá eles também não estão contentes com seus governantes. e com seu modo de vida.
No final das contas, todos erramos o caminho - pegamos a rota errada.

Penso que a única saída possível é uma volta de 180 graus.

Volta aos conceitos de direitos e deveres proporcionais para todos os cidadãos (e seus familiares).
Volta à uma educação "pensada por pessoas que estudaram" e foram capazes de viabilizar seu próprio sucesso, sem a necessidade das "muletas" oferecidas pelo Estado.
Volta ao modelo de meritocracia: - chega mais longe quem se esforça mais.
(Isto precisa valer para os assentos privilegiados do Poder Público - em todos os níveis).
Volta a um novo Sistema de Leis que  possa responsabilizar e punir todos os que cometem crimes - seja roubar uma bicicleta, cometer estupro, assaltar um banco, assassinar, drenar ou desviar os recursos públicos para interesses escusos - independente da idade.
Volta aos valores de família - no modelo desenhado por Deus - com respeito mútuo, amor, honra, fidelidade e muito trabalho.
Finalmente, reconhecimento que a Lei de Deus é Suprema - precisa ser cumprida.

Além destas "voltas", há muito que se rever, reverter, fazer de novo - nosso País precisa de uma reconstrução total - e vai precisar da "mão de obra" de cada brasileiro, cada cidadão que se interessa pelo futuro de sua família.
Um novo tempo pode começar a partir das eleições de outubro - podemos eleger gente de outro nível, pessoas imperfeitas, é óbvio, mas que tenham a motivação correta.
Penso que ainda dá tempo para voltar.