segunda-feira, 9 de junho de 2014

VIZINHO NORMAL

Ocorreu em São Paulo, mais um crime brutal, desta vez num condomínio de classe média:
- é o caso do morador que matou, esquartejou e tentou incinerar o corpo do zelador do Condomínio.
O assassino confesso alegou que a vítima havia "ameaçado" seu filho pequeno.
Além do espanto e horror pela situação mórbida, há que se pensar sobre o espaço que o egoísmo e a necessidade de satisfação pessoal têm ocupado na vida de pessoas comuns, "que podem estar morando na porta ao lado".
No caso, o assassino é uma pessoa que possui diploma universitário, casado com uma advogada.
Residia em um condomínio de bom nível e tinha até casa na praia. (Dizem que era um bom vizinho - normal!!!)
Talvez tivesse bens demais. Talvez sua vida estivesse tão excessivamente focada em suas necessidades pessoais, que as demais pessoas não tinham importância - suas vida não tinham nenhum valor.
O Crime não foi cometido por um motivo relevante - nem foi preciso.
Um desentendimento, uma discordância por motivo banal, um simples desagrado se transformaram em motivo forte para exterminar a pessoa que causou aquele desconforto - simples assim. É só matar.
                          Como assim, matar? Exterminar?
Já faz algum tempo que a mídia expõe manchetes sobre crimes hediondos, cometidos por menores infratores - lembra o caso do menino arrastado pelas ruas de uma bairro no Rio de Janeiro? Pois é. Naquele caso, havia a "desculpa" da falta de oportunidades dadas ao menor, o despreparo da família, a ausência do Estado, bla,bla,bla.
Mas agora, temos um assassino que não se encaixa neste perfil - ele não é um menor abandonado.
Então resta aos "especialistas" explicar o inaceitável: - o egoísmo, o excessivo afagar do próprio ego,
a necessidade de satisfazer todas as necessidades, conforme o dinheiro e o poder que se tem - ou não!
Não dá mais para dizer que o ser humano é bom por natureza: - somos egoístas.
A frase "você precisa se amar" tornou-se verdade, de tanto ser repetida pelos egoístas da TV:
- é chavão para mulheres inconformadas com o efeito que o passar dos anos produz no corpo; são homens irresponsáveis que deixam a família em casa, para curtir noitadas com "prazeres" inconfessos; são pais egoístas que "pagam" para que alguém cuide de seus próprios filhos, para que possam usufruir seus momentos de inconsequência e desregramento.
A partir desse sentimento de satisfação pessoal "até as últimas consequências", não dá mesmo para respeitar pessoas comuns que tenham opiniões diferentes, ou "levar desaforo para casa": - qualquer pessoa estranha a esse "desejo" significa uma ameaça - e precisa ser eliminada...
Foi isto que fez o publicitário em São Paulo, é assim que age o cara que saca uma arma do porta-luvas e mata o motorista ao lado, só porque ele deu sinal de luz, buzinou ou gritou um palavrão.

Quão distante estamos do Modelo ensinado por Jesus Cristo:
"Quando Pedro perguntou : -Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu ofensor - sete?
  E Jesus respondeu: não te digo apenas sete, mas setenta vezes sete" (Mat 18:21-22).

Nesse episódio, a ênfase do Filho de Deus era necessária, pois Ele estava ensinando a respeito de um princípio fundamental para os relacionamentos humanos - o perdão.
Em nosso tempo diríamos desculpar, deixar para lá, "esqueça!".

Contudo, nos tempos atuais, não há mais espaço para os mandamentos de Jesus: - que conversa é essa de perdoar, amar o próximo "como a si mesmo"? A maioria das pessoas nem sequer ouviu falar sobre isso, porque institucionalizou-se (como política de Estado,) a descrença neste Deus Soberano: - já não há espaço nos currículos escolares para o ensino de Sua Lei ("Não matarás!").
Por isto, chegamos à barbáries como esta: - tirar uma vida como se esmaga uma barata.
Há milhares de amantes de si mesmo por aí - muito preocupados em "ser felizes" - fazem qualquer negócio, abandonam filhos e cônjuges, negam valores de família.
Quanto às consequências de qualquer ação cruel para garantir esse total contentamento, tendo dinheiro para pagar um bom advogado, sempre se dá um jeito...
Mas que ninguém se engane : - não existe real contentamento às custas da desgraça alheia.
Se a justiça dos homens não corrigir o abuso contra o semelhante, a própria consciência, mesmo que escondida nas profundezas da alma, irá reagir -  e o sofrimento interior será implacável.
Ferir a Lei de Deus não é sinal de inteligencia!

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