sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ROTULOS QUE NÃO FAZEM DIFERENÇA

Vimos, dias atrás, a fúria de alguns ouvintes da presidente Dilma, quando ela falava para uma platéia de "pessoas com deficiência" - ela foi vaiada porque se referiu a eles como "deficientes físicos.  
Quem era essa platéia?  Pelas razões obvias do espaço físico, só estavam ali algumas poucas e escolhidas pessoas pertencentes à essa minoria - certamente não "todas" as pessoas  que se  enquadram nessa minoria!  Pelo que observei das fotos, parece que também estavam lá, naquela ocasião várias pessoas que não aparentavam nenhum sinal de deficiência física ou de outro tipo. Talvez sejam os ajudadores, cuidadores - necessários ao deslocamento de cada um. Absolutamente normal e justo que estivessem ali!  
Mas também acredito que, como ocorre em todas as manifestações populares, havia ali os "defensores dos pobres e oprimidos", os "especialistas" em direitos humanos, aqueles indivíduos que vicejam em torno de qualquer grupo minoritário, por interesses escusos, para ter direito à uma vida boa (sem precisar trabalhar), contratados do Serviço Público por indicação de alguma pessoa com posição de destaque, para uma função "criada" para eles, sem nenhuma cobrança de resultados, nem mesmo bater o ponto todos os dias e horários, como fazemos todos nós, cidadãos que não têm esse tipo de "amizades" Sabemos identificar um por um : são parentes, colaboradores e correligionários, afilhados, detentores de segredos inconfessáveis - eles, de si mesmo, são pouco (ou nada) capacitados para exercer o trabalho de suporte à essa minoria de brasileiros. 
 Nem tentam uma carreira independente - nunca seriam contratados por mérito próprio - seja em Empresa privada ou no Serviço Público!  Assim, por conhecer alguém importante, vão se infiltrando nesses grupos minoritários, aprendem as expressões adequadas ao meio e logo se tornam seus porta-vozes - os próprios interessados, em sua  grande maioria é tímida e tem muita dificuldade de expressar suas necessidades; ainda mais num ambiente tão desconhecido como deve ser o local onde a Presidente (e seus muitos assessores) discursa para eles!  O que esses "benfeitores" sabem fazer é "discursar", defender títulos ou expressões "políticamente corretas", talvez até cheguem a sugerir alguma idéia inócua ( ouvida de alguem).   Mas o que sabem fazer bem é "puxar o coro dos descontentes!"  Eles começam a vaia - eles incentivam o protesto - mesmo quando sejam absolutamente descorteses quando dirigidos à uma Presidente - dama, que, a meu julgar, tem "agido" efetivamente na defesa das minorias!!  Como esses "portadores de deficiência" são, em geral, carentes de tudo, se apegam logo à essa turma de espertinhos e passam a considerá-los como um dos seus - pessoalmente, julgo que não são!  Bom seria se fossem todos expurgados desse convívio . 
Em seu lugar,poderiam ser contratados (por meio de  concurso público e em número bem menor!) "técnicos" com preparo específico, com projetos, metas, cobrança e avaliação de resultados - eles poderiam atuar como legítimos porta-vozes dessa minoria. Certamente seriam capazes de enxergar as reais necessidades e propor leis, medidas e benefícios que fizessem diferença, para melhor, na vida dessas pessoas. Creio que, apesar de alguns avanços já obtidos, ainda há muita coisa por fazer. Tem muito trabalho a ser feito! O que menos importa, para tais pessoas com deficiência, são os rótulos - eles próprios sabem que são diferentes da maioria e precisam de atendimento e benefícios extra! 
 Tais benefícios são de justiça inquestionável - essas pessoas devem mesmo ser tratados com equidade - devem ter seu direito à cidadania muito mais bem cuidado do que o das pessoas que não parecem ser deficientes. São seres humanos normais e merecem ter vida normal! Sua deficiência, na maioria dos casos, é apenas física - por dentro são pessoas com sonhos, sentimentos, aspirações de um futuro melhor, de constituir uma boa família - enfim, também querem progredir! 
Acontece que, olhando daqui da minha cadeira, não consigo perceber qual é a  diferença entre as expressões "deficiente físico" ou "pessoa com deficiência" - para as próprias pessoas com qualquer tipo de deficiência parece que não muda nada!  Para mim, parece apenas troca de palavras. Por um imerecido  Favor de Deus não tenho deficiência física.   Mas essa questão dos rótulos", das palavras politicamente corretas  me causa desconforto .
 Qual é a diferença que fazem para essas pessoas?   Muda o que?   Serve para alguma coisa? 
  Melhora suas condições de vida?   Minha resposta, sem ouví-los neste momento, é NÃO!
O fato importante é que, ainda que se faça algo por esses cidadãos brasileiros com direitos e deveres iguais a todos, ainda há muito por fazer - ainda há espaço para leis específicas de tratamento mais humano, mais equitativo.  Há especialistas técnicos no assunto, que devem ter boas sugestões de benefícios mais palpáveis e concretos - tipo moradias confortáveis e específicas, boas escolas mais acessíveis, transporte público decente com sinalizadores, espaços para lazer, acesso a trabalho digno e compensador, cultura relevante e outras tantas necessidades.
Rótulos e chavões - palavras politicamente corretas - não mudam nada!  Eles próprios se reconhecem como pessoas que necessitam de algum tipo de ajuda extra - só isso!  O modo como são tratados, por todos nós e principalmente, pelos Governos, em todos os níveis, é que vai fazer a real diferença!
Chamar de deficiente ou portador de deficiência não muda em nada suas vidas tão dificultadas por suas próprias necessidades!  Discurso,  todos já ouvimos,  são apenas  palha!

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