quarta-feira, 17 de julho de 2013

PRIMAVERA ÁRABE OU INVERNO DE HORRORES?

Uma jovem jornalista libanesa - Joumana Haddad - falava com um repórter sobre a "fragilidade" das jovens Democracias atingidos pela "Primavera Árabe". Ela não concorda com a expressão "primavera"; para ela, mais parece um  "inverno de horrores", tamanha é a violência e os caos que têm assolado a população daqueles Países.
Ela teme por seu País, o Líbano, porque as nações atingidas estão muito próximas, e à sua volta há muita guerra pelo poder: - são os Grupos islâmicos (sunitas e xiitas, principalmente), e os demais Grupos, lutando para ter o comando, "qualquer" que seja a ação necessária. 
Todas as democracias da região são muito jovens -  ninguém tem sequer a ideia correta do que significa Democracia. 
Também não há liderança fortes e estabelecidas para "pensar o futuro" de cada País, e a população precisa estar "lutando e sobrevivendo", a cada nova ameaça dos "antigos donos do poder", que não querem perder as regalias, mantidas por séculos. 
Tudo é feito às pressas, quando aparecem as urgências e emergências, com a pouca técnica disponível (quase caseira); - é preciso ter Projetos prontos para uso, tão logo surja um novo Problema. 
Há muita gente dando palpites, porque o povo quer mudanças para melhor, agora que tem liberdade para falar. 
O Líderes destituídos do poder, estão fazendo qualquer negócio para voltar: - pegar em armas é uma das estratégias mais comuns e acessíveis, porque há muito dinheiro envolvido, muitos interesses ligados aos petrodólares... 
Assim, temos uma situação de pós-guerra pelo Poder, que continua fazendo vítimas, em todas as Nações "libertadas" de regimes autoritários, que as subjugaram pela vida toda. É paradoxal - conquistaram a liberdade, mas não são livres - continuam sob o jugo de "alguém". 
A jornalista Joumana, inconformada, diz em alto e bom som: "o que mais me irrita é o fato de não haver gente irritada o suficiente no mundo, porque as situações que estamos vivendo e vendo, e as coisas que testemunhamos, não atingem cada um individualmente, mas também a todas as demais pessoas - elas deveriam nos fazer perceber que nossa dignidade está sendo humilhada".
É sintomático que as insatisfações pessoais e coletivas não sejam atendidas pela simples troca de uma forma de Governo, pela substituição de um Líder, por um grau maior ou menor de Liberdade e Democracia.  
Tomara que aqui, do lado de cá do mundo, nosso querido Brasil  não repita os erros cometidos na Primavera Árabe. Uma simples troca de Liderança Política não resolverá nossas profundas insatisfações, como sociedade organizada. Precisamos de mais do que um novo Líder - precisamos renovar tudo, sem remendos, livres das artimanhas das velhas raposas da política partidária. O Brasil precisa de muito trabalho sério, honesto e competente. 
O que queremos, de verdade, é a Democracia no modelo original: 
- do povo, pelo povo e para o povo - só isto!
O que podemos fazer para atingir tão elevado alvo?  
Creio que os jovens estão nos ensinando: ir às ruas, gritar bem alto, estar vigilantes e atentos às armadilhas e passar à frente as boas ideias: - Compartilhar, para que todos possam vigiar e cobrar!
E acima de tudo, rogar a Deus por nosso País e votar certo!

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