NEM TODA A ALEGRIA É SINAL DE VIDA

Estamos ainda em choque, pela notícia mostrada nos noticiários, sobre a tragédia que ocorreu, nesta madrugada, numa cidade do interior do R.G.Sul - Santa Maria - quase no finalzinho do Brasil. Aconteceu numa boate, estavam cerca de 1.5 mil pessoas e já se contam mais de 230 falecimentos.

Sei que os pais e familiares nem conseguem pensar em qualquer coisa neste momento - só podem chorar!  Nada mais a fazer - muita dor! Todos os cristão, estamos orando para que Deus mande Seus anjos (podem ser pessoas) para consolá-los, ajudá-los nas coisas práticas!

Mas para quem está distante, como eu, é inevitável a reflexão - o pensar nos "por quês":

- o quê leva 4 mil seres humanos a escolher um lugar assim para passar a noite toda, com música muito alta, desconhecidos bêbados ao lado,  drogados, presenciando e participando de atos provavelmente não aprovados por sua própria família, amizades de momento?

- por quê as autoridades permitem que esse tipo de estabelecimento abra suas portinhas "tão pequenininhas", sem vias de escape suficientes para emergências, que podem ocorrer em quaisquer eventos onde haja aglomerações?   - pelo pouco que se sabe, ainda muito recente o acontecido, a festa foi muito bem divulgada - a cidade é sede de uma grande Universidade Federal - atrai gente de todo o Brasil e dos países vizinhos -  havia pessoas com 2 passaportes -(dizem que dificulta ainda mais a identificação) - então, pode-se concluir que foi uma festa grande - toda a cidade sabia do evento - a boate é "tradicional".  Será que não houve tempo hábil para as vistorias prévias por parte das autoridades responsáveis?   

Pelo que me consta, quando há divulgação de grandes eventos em Igrejas "evangélicas", as exigências de segurança são grandes...- a mídia cobra! 

A empresa que promoveu o evento não deve ser pequena, nem inexperiente - deve conhecer todas as regras do jogo. 

- será mesmo verdadeira a tese, sempre enfatizada, que tais eventos trazem dinheiro para a cidade que os sedia? -  sempre se alega que os hotéis lucram, os restaurantes lucram, os taxistas, os shoppings, o comércio em geral, etc.etc.  Mas, e agora, para onde foi todo esse lucro?  De onde vai sair o dinheiro necessário para cobrir as despesas que o vil metal pode pagar? Certamente, não dos donos dos hotéis, dos restaurantes, dos taxistas, dos lojistas. Talvez os organizadores da festa levem alguma multa . Mas o dinheiro gasto com os serviços dos bombeiros, ambulâncias, hospitais, plantonistas, SAMU, SUS - tudo isso sai do nosso bolso - pagamos com nossos impostos!

- pior que isto - o prejuízo verdadeiro - a perda dos filhos, filhas, netos, netinhas queridas - dinheiro nenhum paga!  Neste momento há famílias inteiras abraçadas, em pranto, alguns avós e bisavós  provavelmente sob cuidados médicos (o coração está doendo muito!), a cadeira vazia, a cama que nunca mais precisará ser arrumada pela manhã!
Lamentável, sob qualquer aspecto!  Muito triste, principalmente, constatar que tantos jovens, estudantes "com cérebro", nos quais nosso País depositava confiança e recursos financeiros, não haviam encontrado motivação de valor verdadeiro para suas vidas!  Sentiam necessidade  de frequentar locais assim, tão cheios de tanta gente vazia e tão perigosos!