quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O BRASIL PRETENDE RECEBER VISITAS...

O Papa foi embora - ficou quase uma semana na cidade mais famosa do Brasil - o Rio de Janeiro.
A região que foi palco da maioria dos eventos, não é muito grande. Mas veio gente de todo lugar para ver o Papa - de outros Países, do interior do Brasil e até da periferia do Grande Rio.
A situação ficou muito difícil em vários momentos - o carro em que estava o Papa quase foi invadido por fiéis incontroláveis, havia filas intermináveis para tudo, apesar da boa vontade da maioria dos participantes. A rede de transporte público entrou em pane; a área destinada a sediar o evento principal - o Encontro do Papa com os fiéis jovens, ficou inacabada e alagada  pela chuva - não serviu ao propósito para o qual foi planejada.  
Foi mais um desperdício de dinheiro público, desperdício de trabalho, desperdício da fé. 
A beleza da Cidade do Rio de Janeiro é de domínio público - está em cartões postais - todos querem conhecer a Cidade Maravilhosa.  
Mas, como sabemos, beleza só não basta. Aqui se confirma a sabedoria popular - "é preciso ver o conteúdo". E as entranhas da cidade, a falta de estrutura em todos os serviços que a população necessita, ficaram evidentes para todos os visitantes (até os virtuais). 
A parte mais difícil para nós, brasileiros, é que Rio de Janeiro e São Paulo são as cidades mais importantes do Brasil - são as que recebem os maiores e melhores recursos. Também devemos supor que lá estão os melhores Gestores públicos, os mais competentes. Se nessas cidades a situação é tão ruim, o que se pode esperar das cidades menores, que também irão sediar os jogos? Mais Recursos não resolvem, quando os Gestores são incompetentes - não sabem fazer e não sabem delegar poderes a pessoas competentes em administração. O que resta é a desorganização, a inércia, o despreparo para receber grandes eventos - como a Copa do Mundo de Futebol. 
Ainda não sabemos que tipo de problemas os visitantes irão enfrentar - mas sabemos que a vida deles não será tão tranquila, como foi na Copa da Alemanha.
Se nossas Autoridades continuarem no atual ritmo de "trabalho, não vai dar certo.
Mesmo neste momento de maior apelo popular, nossos Governantes não abrem mão de seu final de semana prolongado, suas férias no exterior, seu lazer.
A única maneira de "melhorar" o cenário e arrumar a casa, será encarar de frente todo o trabalho a fazer, instalar um regime do tipo mutirão - com a folga mínima para repor as energias, como se fez no Japão, quando ocorreu a tsunami.
Isto vale para o Rio de Janeiro, São Paulo e todas as demais cidades que irão sediar a Copa. 
O Governo Federal trouxe a Copa para o Brasil - agora precisa assumir a responsabilidade - não se trata de apoiar um ou outro Governador incompetente - trata-se de receber com dignidade os todos os que foram convidados para a grande Festa do Futebol. Eles merecem ser bem recebidos!

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