quinta-feira, 23 de maio de 2013

OS MÉDICOS DE CUBA

Os "legisladores" do Brasil estão em uma nova cruzada "populista" - alguém lembrou que faltam médicos para atender as populações miseráveis do interior e logo eles pensaram em "importar" profissionais dos Países vizinhos - leia-se Cuba, Bolívia e Colômbia, principalmente.  
À primeira vista, no olhar "míope" desses caras "pagos" para fazer boas leis para o País, parece uma boa ideia.  Os candidatos são jovens médicos, sem perspectiva de carreira em sua própria Nação, e poderiam, por salários módicos, suprir essa carência em nosso País.  Os jovens médicos formados aqui no Brasil, em geral, são filhos de gente rica ou de classe média - não precisam se sujeitar às condições de trabalho que o Governo "promete" nas regiões mais distantes do País - preferem ficam nos grandes centros urbanos - dá para entender. 
A questão é que já existe uma normatização para os casos de estudantes brasileiros que foram estudar medicina nesses Países: quando chegam de volta, eles são submetidos a uma Prova que "valida" seu diploma - assim, eles são habilitados a exercer a medicina, em qualquer lugar do País. Sei, por experiência de um sobrinho que se formou em Cuba, que a Prova é muito difícil - peneira mesmo! Concordo que seja assim - médico tem que ser bem preparado - e passar na Prova!  
O que temos agora, é a tal "urgência dos políticos" - quando ela chega, precisamos tomar cuidado - coisa boa, não é.  A solução que encontraram é simplista: querem trazer os tais médicos e desobrigá-los da Prova, com a desculpa de que logo poderão começar a trabalhar!  Dizem que, lá no interior do Brasil, eles vão se entender com a população pobre e "tudo vai dar certo"...  
Dá para imaginar a dificuldade de comunicação? Eles falam espanhol, com diferentes sotaque e dialetos - não sabem falar a nossa língua.  De que modo, u'a mãe poderá explicar os problemas de seus filhos (e seus próprios), de maneira a ser compreendida, diagnosticada e medicada? Quem estará por perto, para assegurar o perfeito entendimento mútuo? 
Além dessa questão, existe o lado dos próprios imigrantes - está previsto que, para cada jovem médico, virão pelo menos mais 3 pessoas como assessores - além de possíveis familiares...  
Neste caso, o molho vai ficar mais caro que o peixe. O custo para manter esse pessoal todo será muito alto - nós iremos pagar, é claro. Mas o custo de serviços médicos prestados de modo indevido, poderá ser incalculável, desconhecido e até danoso, a médio e longo prazos. 
Não seria mais prático, estabelecer que, cada estudante de ciências médicas, trabalhasse 1 ou 2 anos nessas regiões remotas, antes de se estabelecer nas grandes cidades? E dar condições razoáveis de trabalho e salário?  
Os profissionais da Saúde, quando saem da Universidade, estão com a alma cheia de vontade de ajudar os mais carentes - só bem depois, é que alguns se tornam "calejados e áridos"... 
De novo, nosso País perde o foco - com a desculpa da urgência, e querendo parecer muito preocupados com a saúde das populações carentes, vão fazer uma grande bobagem - se os deputados com cérebro e a população em geral, permitirem...

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