quinta-feira, 16 de maio de 2013

O SONHO PARISIENSE

Numa reportagem da TV francesa, um sociólogo respeitado, falava a respeito da Crise na Zona do EURO, com efeitos danosos para os trabalhadores da França.  A reportagem questionava a alta taxa de suicídios entre os trabalhadores em geral, até nas  Empresas consideradas" modelo", conforme uma premiação que recebem pelo desempenho - um selo de qualidade. Apesar da reconhecida "qualidade" dessas Empresas, a informação foi de que a França ocupa o 1º lugar em suicídios na Europa, chegando a cerca de 4 milhões ao ano! É um número alarmante, e obriga-nos a concluir que ter um emprego na França, já não significa mais nenhum sonho: - há um grande número de demissões "econômicas", assédio moral (humilhações por não atingir as metas) e até castigos físicos - veja só. Confesso que fiquei triste - Paris ainda é um dos meus sonhos de consumo.
Mas não é preciso ser vidente para perceber que a tal "globalização" teria que "apertar" alguém. Dinheiro não se fabrica (pelo menos nos Países sérios) - apenas troca de mãos. Afinal, é tanta estatística, tantas metas, tanta competição por produção e consumo, que alguém acabaria por pagar a conta.  Os "empresários" não "pagam conta nenhuma" - eles já têm o discurso pronto, quando se trata de CRISE: estão no prejuízo, pagam juros exorbitantes, precisam demitir "colaboradores" para ajustar o balanço, bla, bla, bla. São todos iguais, no conceito fundamental de ter mais e mais riquezas  (ser rico é muito bom mesmo...).
Creio que lá na França, como aqui no Brasil, a maior parte dos gastos fica com o Governo, através dos Bancos de Fomento/Desenvolvimento.O Governo oferece incentivos, subsídios, e tantos outros atrativos, para que os "empresários" se estabeleçam no País.A intenção é aumentar o nível de emprego, a atividade industrial, o consumo em geral - o Brasil quer estar no time dos Países ricos!  
Empresário nenhum, no mundo, põe a mão no bolso para investimento "social" - eles visam o lucro - e não poderia ser diferente. Ao primeiro sinal de crise, eles fecham as portas e demitem.
Quanto à  França, parece que a situação fugiu ao "controle dos donos" do País - os ricos já saíram de cena, há muito tempo - transferiram suas "empresas" para os Países em que o lucro é mais fácil - a legislação trabalhista é leniente. Para o povo, fica a divisão do prejuízo, o desemprego, a insegurança, o medo do futuro. É inegável que "ninguém" está imune à esta praga chamada Crise. Aqui no Brasil, o Governo continua aumentando a quantidade de "cestas-auxílio" que, no mais das vezes, premiam e estimulam a preguiça e a falta de empenho - em muitos casos, é vantagem ser considerado "pobre", tal a quantidade de benefícios distribuídos. É óbvio que essa fonte vai secar - num determinado momento, o custo de tanta bondade será cobrado - de quem trabalha.
A solução brasileira "sempre" passa por aumentar a carga tributária!
Para aumentar o drama, o cidadão que deseja prosperar com seu trabalho, e ser independente, precisa ficar atento e se qualificar: - com o desemprego lá do outro lado do Atlântico, o pessoal está emigrando para cá - em busca de empregos...

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