quarta-feira, 18 de setembro de 2013

POBRES CIDADÃOS DE DAMASCO...

Foi preciso muito tempo, muitas provas "irrefutáveis", mas finalmente a ONU confirmou que foi usado gás SARIN para matar civis nos arredores de Damasco, capital da Síria.
Morreu muita gente, e ainda não acabou...
Agora todas as personalidades públicas internacionais "pedem" ações para conter o prejuízo:
- impedir que o fato se repita. Destruir as fábricas, identificar e destituir o Mandante, etc.
Eles representam Governos Poderosos, como EUA, Reino Unido, França e Russia.

O que chama a atenção é a fala do Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon:
- ele "pede" providências??? Afinal, para que serve a ONU?
Nos seus Estatutos há uma cláusula que permite o uso de força para impedir ações como essa, de ditadores sem nenhum compromisso com a vida dos seus semelhantes. Por quê não faz uso dessa cláusula e manda intervir? O fato é que a ONU está dividida: - 3 votos a favor da intervenção militar (EUA, Reino Unido e França) e 2 votos contra: - China e Rússia. Por si só, a ONU não manda nada - não tem força para cumprir o papel para o qual foi criada, após a 2ª Guerra Mundial. Então, só resta ao Secretário "pedir".

Mas há mais incongruências nessa triste história - são manifestações (só palavras) de gente que está longe, nos gabinetes atapetados e aquecidos, a salvo de ataques com gás sarin...

Um deles, o Presidente da Rússia, "alertou": "qualquer ação militar, pode dificultar o processo de paz na região"... - de qual paz ele está falando? Será que ele não vê a guerra instalada na região do Oriente Médio, há tanto tempo? Provavelmente até saiba os nomes dos fornecedores das armas que perpetuam esse conflito em ritmo constante e crescente. Certamente ele conhece o ditador da Síria - são parceiros comerciais. Ele mesmo reconhece que precisa intervir para que o Presidente-Rei seja contido nas ações de aniquilamento de sua própria população - o russo tem seus motivos... Quanto aos rebeldes, difícil responsabilizar qualquer um dos grupos: - são todos antagônicos e discordantes em questões fundamentais.

Infelizmente para todos os cidadãos sírios que ainda não conseguiram fugir de sua Pátria, qualquer resultado para o conflito sangrento, irá fragmentar o País: - há interesses concorrentes e conflitantes da Irmandade Muçulmana (radicais islâmicos), dos Países vizinhos e dos apoiadores do Governo atual. Nenhum Líder será capaz de unir a Nação, pois não há convergências entre os que querem o Poder: - naquela região do Planeta, o Poder Econômico disputa espaço com a Religião Fundamentalista.
Pode ser que a matança não se repita; mas o lado vencedor, certamente irá impor, aos vencidos, restrições severas ao simples direito de existir, e ao sagrado direito de livre expressão.
Com a queda de mais um Ditador, veremos mais uma Nação, historicamente relevante, que precisará de décadas para estabelecer um Governo que governe para seu povo, exclusivamente: - o sonho de consumo de todos os apaixonados pela Democracia!

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