segunda-feira, 16 de setembro de 2013

CRIANÇAS NÃO APRENDEM A TRABALHAR!


Alguns temas apresentados nos telejornais, sempre colocam uma pulguinha atrás da minha orelha:- são importante matéria jornalistica ou ... apenas "vendem" mais?
Dia desses, foi mostrada uma reportagem "in loco", de uma fazenda no interior de São Paulo, onde o trabalho infantil era "explorado" - pelos pais! Ao ouvir uma manchete assim, deixamos de lado qualquer coisa, pois queremos saber "quem está maltratando essas pobres crianças indefesas"? 
As crianças em questão (8 a 14 anos), estavam ajudando seus pais e familiares em alguma colheita ou plantação. O repórter ansioso pela "injustiça" que estava sendo cometida contra as crianças, questionou a mãe: - " por quê não deixa seu filho de "8 anos na creche"?
A resposta da mulher do campo, inculta, mas sábia, foi simples e definiu a questão:
- "para ir à "creche", ele precisa sair de casa às 6 da manhã e só volta às 6 da tarde - quando ele está aqui, comigo, está sob os meus olhos, e posso protegê-lo"...
É surpreendente como a sabedoria popular, fruto dos conceitos aprendidos na infância, e da própria experiência de vida, pode ter uma resposta assim, para um dos males sociais mais perversos que abrigamos em nossas ruas: - as crianças, sem nada para fazer, sem ninguém que as queira por perto, abandonadas à própria sorte, sendo forçadas a garantir sua sobrevivência, seja pelo crime ou pela venda do próprio corpo. Essas crianças da roça, estavam perto de seus familiares - ajudando no "negócio" da família, longe do perigo das ruas.
Curiosamente, os fiscais que foram ao local do "crime" eram jovens bem vestidos, com formação técnica, evidentemente advindos de uma classe bem superior à daquelas famílias. Certamente são bem remunerados, moram em casas confortáveis; se tiverem filhos (no máximo 2), podem pagar boas escolas para "estocá-los", enquanto estão no trabalho.Mas seus filhos não trabalham...
A geração formada no século passado aprendeu a trabalhar cedo: - mesmo os filhos de pais ricos (e sábios), em sua maioria, tinham que aprender como funcionava o negócio da família.
Quanto aos pobres, trabalhavam com os pais, tios, padrinhos - aprendiam desde muito cedo, a valorizar os bens que têm valor e são permanentes, e que exigem esforço, dedicação e até sacrifício. Desde jovens, aprendiam a cumprir horários, obedecer ordens (às vezes pareciam injustas), "engolir sapos". Deu no que deu: - pessoas de bem, empresários de sucesso, juízes, profissionais bem sucedidos em todas as áreas.
Mas agora, o que observamos, salvo melhores evidências, são jovens que, por não ter a permissão para trabalhar, não assimilaram os benefícios da disciplina, do hábito de cumprir horários e prazos, da hierarquia, dos deveres e compromissos. Nunca respeitaram seus pais - logo, não respeitam nenhuma autoridade; não se sustentam como cidadãos de bem. Ficam nas baladas até que o dia amanheça, se embriagam e corrompem seus corpos jovens, e depois vão para a casa dos pais para descansar - e se preparar para a próxima balada... Já estão na casa dos 30 e ainda dependem do papai e da mamãe.
Os "sem teto, sem família e sem perspectiva", encontram abrigo embaixo dos viadutos, num cantinho qualquer de uma rua, um pouso improvisado - só para descansar. Depois vão pedir esmolas, para garantir o pão do dia seguinte, ou praticar crimes, já que a Lei também os incentiva nesse aspecto.
Por não conseguirmos eleger gente capacitada para fazer Leis, nossa Legislação atual incentiva a preguiça e pune quem quer trabalhar. No texto da Lei, consta que aos menores será assegurado o direito da educação, do lazer, da orientação para a vida. Mas "na real", esses menores não têm chance - como nunca aprenderam disciplina, horários, obrigações e respeito, não serão capazes de se adaptar a qualquer grupo organizado, nenhuma empresa, nenhum tipo de trabalho.
Do meu ponto de vista, ao invés de proteger a criança e o adolescente, essa Lei acaba por deixá-los desprotegidos, despreparados e sem futuro. Seria sábio deixar nas mãos dos pais o modo como seus filhos devem ser educados. Salvo excessões de pais que também foram crianças de rua, todos os demais sabem orientar seus filhos - muito mais do que essa moçada sem experiência de vida. Para os casos de abuso de trabalho infantil, precismos de estatísticas "confiáveis": - com critérios de proporcionalidade - quantas crianças são, mesmo??? É urgente que algum Agente do Judiciário resolva o problema de vez! Agora, reportagens de TV, para preencher o tempo com esse tipo de matéria... só trocando de canal!

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