domingo, 1 de setembro de 2013

LEALDADE IDEOLÓGICA "OU" OS INTERESSES DO BRASIL?

Os últimos acontecimentos envolvendo Brasil e Bolívia, deixam claro que os respectivos Presidentes são "mui" amigos. O episódio mais recente, trata da fuga de um senador boliviano, que atravessou a Fronteira  entre os dois Países, escondido num veículo da Diplomacia Brasileira. 
Os fatos dizem que o Senador estava refugiado na Embaixada Brasileira na capital boliviana, há mais de um ano: - havia solicitado Asilo Político (pedido que, em tese, não pode ser negado), mas o Presidente da Bolívia não concedeu o salvo-conduto: - então ele fugiu. Pronto: - estava armado o circo que o Presidente da Bolívia adora - ele exige providências imediatas do Governo Brasileiro, pois afirma que o tal Senador estava condenado pela Justiça de seu País e devia estar preso.
Como se trata do Presidente da Bolívia, dá para entender:- ele é beligerante mesmo.
Para "agradar" o amigo Evo, nossa Presidente demitiu o Chanceler Antônio Patriota, demonstrando um total desrespeito à Diplomacia, como Instituição Republicana.
O que nos intriga, é esta absoluta "lealdade" dos últimos Presidentes do Brasil, aos Presidentes da Bolívia e também da Venezuela, Cuba, Paraguai e Argentina. Como justificar uma "concordância" passiva do Governo Brasileiro, com todas as ações e reações desses Ditadores Bolivarianos?
Será que a capacidade de discernimento, de nossa Presidente se esgotou?  
Em ocorrências anteriores, o Brasil já teve que arcar com prejuízos, no trato comercial com a Bolívia, porque o Governo colocou a "ideologia" acima do pragmatismo. Os episódios que envolveram a Petrobras na Bolívia e Itaipu no Paraguai, além das relações de comércio com a Argentina, são exemplo disto. Também não dá para esquecer a chantagem na venda do gás boliviano ao Brasil, produto pelo qual pagamos um dos preços mais caros do mundo.
A justificativa do nosso Governo, sempre diz que os povos vizinhos, "já sofreram perdas demais... - por ser mais forte e rico, o Brasil pode arcar com possíveis prejuízos".   
Quem decide isso?  Que poderes tem um Governo de beneficiar outros "companheiros ou parceiros ideológicos", só porque seus Países são mais pobres do que o Brasil?
Se estivermos falando de "ajuda por questões humanitárias", nada a discutir - precisa doar mesmo. Mas nas questões comerciais, o que se espera é um preço justo, de ambos os lados.
No caso recente do impeachment do ex-presidente do Paraguai, um importante parceiro na região, o Governo Brasileiro assumiu a defesa incondicional do "presidente deposto", sobrepondo a "ideologia" aos interesses nacionais, e cortou relações com aquele País. É importante lembrar que há mais de 350 mil brasileiros que vivem lá, e que compramos deles 20% da energia elétrica produzida em Itaipu.
Para nós, cidadãos brasileiros, não interessa ser "companheiros" dos Líderes(ditadores) dos Países Limítrofes; - o que importa é, mantendo uma relação de respeito mútuo, defender os interesses Comerciais e Institucionais do "nosso País".
Os Ditadores não se importam com direitos humanos, nem com Tratados Internacionais.
Mas o Brasil não é uma Ditadura: - a Política de Estado precisa prevalecer sobre quaisquer interesses partidários ou ideológicos (do Governante da hora) - é o mínimo que exigimos, como Estado Livre, Soberano e Democrático!





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