domingo, 23 de fevereiro de 2014

VOTAÇÃO ELETRÔNICA SOB SUSPEITA

Um Procurador de Justiça nos EUA - Steven Dettelbach - alertou sobre a Empresa
fabricante das urnas eletrônicas que usamos "orgulhosamente" aqui no Brasil.
O que ele afirmou precisa nos deixar alerta: -"a Empresa Diebold tem padrão
mundial  de conduta criminosa".
Trata-se de uma Empresa com negócios pelo mundo todo, vendendo sistemas de
segurança de bancos, caixas eletrônicos e "urnas para votação eletrônica".
Como se não bastasse, um jovem hacker (19 anos), convocado para um seminário
com especialistas de segurança em serviços on line,  admitiu que manipulou os 
resultados e fraudou as últimas eleições no Rio de Janeiro; até mencionou o nome
de um Deputado eleito que foi beneficiado com a fraude.
Confesso que, desde o sucesso do Processo de Eleição aqui no Brasil, sempre tive
uma pulga atrás da orelha: - tendo em vista que o Sistema Brasileiro dizia ser tão
eficiente (e parecia), por quê os Países Desenvolvidos não adotavam o nosso modelo?
Por quê preferiam continuar no velho e confiável(?) sistema de votação com papel e
caneta? Seriam tão refratários às modernidades assim?
Ou haveria um outro motivo, desconhecido de nós, brasileiros comuns?
De fato, foi no Brasil que o sistema de votação eletrônica foi implantado com grande
alarde, como prova de modernidade e transparência.
Mas , vários especialistas, entre os quais alguns da respeitada UNB, solicitados a
opinar  sobre o tema, estão questionando a inviolabilidade e confiabilidade tão
propagadas, de vez que a urna foi invadida e corrompida por um ou mais hackers
como ficou comprovado. 
Por extensão, dá para acreditar que políticos oportunistas possam também usar, de
modo ilegal, esse mesmo Sistema Eleitoral, em benefício próprio.
Tais especialistas afirmaram que nossas urnas são "ultrapassadas e inseguras":
- até a Argentina tem um Sistema melhor que o do Brasil - pasmem!
Nesse caso, para onde está nos levando essa modernidade, antes considerada um
avanço?  Parece que a resposta é óbvia: - vamos ter mais episódios de fraudes nos
resultados das votações; eles poderão não refletir a verdadeira intenção de cada eleitor.
Isso é grave - e perigoso - e parece que o próprio Tribunal Superior Eleitoral já está
preocupado com a questão. Já se fala até em voto impresso, como forma de
confirmação  dos resultados obtidos eletronicamente> - dupla conferência...
Se o STE optar pela manutenção das atuais máquinas da Diebold, não acho que vá
mudar muita coisa.
Pelo que disse o Procurador dos EUA, "essa empresa costuma se valer de suborno",
como já fez na Rússia e na China.
Se nada for feito, mesmo que de modo emergencial, muito provavelmente seremos
motivo de chacota e desconfiança para o resto do mundo: - teremos resultados
fraudados, e os "eleitos" não terão "vencido" as eleições de modo lícito.
E muito pior, nós continuaremos frustrados, o Sistema Político não será modernizado,
e a futura Geração ainda estará sofrendo com a iniquidade da Gestão (ou falta de)
do nosso País.
Então é melhor manter os olhos bem abertos, acompanhar as ações do TSE, bem como
os debates sérios sobre o tema.
O mais desolador, é perceber que, mesmo quando ouvimos dizer que o Brasil é
pioneiro em qualquer área, nunca podemos acreditar "de primeira" : 
-é preciso sempre  desconfiar da "propaganda" do Governo, procurar informação 
confiável (mídia isenta...),  e tentar descobrir o que pensa o resto do mundo a respeito 
desse Brasil "maravilhoso" e surpreendente que é propagado lá fora. 
Povo bem intencionado temos, de fato - mas não dá para apagar a frase séria do 
Presidente Charles de Gaulle, na metade do século passado: 
- o Brasil continua a não ser um País sério. 
Orgulho brasileiro está difícil de conseguir - a não ser que cada brasileiro cumpra 
seu dever de honestidade e patriotismo. 

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