crueldade, acidentes de carro que poderiam ter sido evitados, perda de vidas jovens
que, inadvertidamente, expuseram-se a si próprias ao perigo.
Em geral manifestamos pesar, lamento e tristeza, mesmo não conhecendo as vítimas.
Mas nesse momento de preparação para a "dança das cadeiras no mundo dos políticos",
em vista das eleições de outubro próximo, talvez seja útil refletir sobre o perfil desses
assassinos.
Não!
Não vou falar da pessoa que sacou a arma e atirou para matar.
Não vou falar do motorista bêbado que invadiu a pista na velocidade e no momento errados.
Não vou falar do estuprador, nem do pedófilo, nem do ladrão oportunista.
Não quero falar do traficante que mata para garantir seu excelente padrão de vida, com avenda de drogas.
pela violência incontida, pelo descalabro que estamos vendo acontecer aqui no Brasil,
no tempo que se chama hoje: - os legisladores.
A cada 4 anos todos os brasileiros comparecem às urnas eleitorais e concedem uma"procuração" para que outras pessoas os representem como vereadores, como deputados
estaduais e federais, e como senadores - para fazer Boas Leis!
Quando pensamos na violência que grassa em nosso País, como um fogo avassalador,
nos acomodamos na posição de "juízes" e condenamos os próprios assassinos, a Polícia
e todos os que respondem pelos atos de Justiça Legal.
Creio que nosso grau de visão precisa de correção: - a falta de valorização da vida,
a leniência no trato dos crimes cruéis, a violência contra os indefesos só sobrevivem e
florescem porque aqui, em nosso País, as Leis são inadequadas aos tempos atuais,
e aquelas que são adequadas não são cumpridas com o rigor necessário.
Os Legisladores - aqueles que são pagos para fazer, rever, corrigir e atualizar as Leis -
não cumprem o seu papel. Se eles fossem remunerados por produtividade, estariam à
míngua - não produzem Leis inteligentes e funcionais que protejam os cidadãos de bem
(guardadas as honrosas excessões).
Crimes com requintes de crueldade, como o assassinato de inocentes indefesos por causa de
dinheiro, os atropelamentos de pessoas comuns que andam à pé pelas ruas, num ridículo
exibicionismo de um carro de luxo (e potência), a violência contra crianças angelicais que,
se não provoca a morte do corpo, em geral extermina a alma - tudo isso é tratado com o mesmo
peso de um "crime contra a natureza" - seja ela um passarinho, uma árvore, um riacho.
Uma árvore nativa, um passarinho, um riacho são impedimento para a construção e adequação
de rodovias e acessos viários mais seguros - que valorizem a vida.
A natureza é, de fato, digna de todo o cuidado - não podemos prescindir de sua preservação.
Mas a vida de um ser humano vale muito mais!
A Lei impede a punição exemplar de um "menor" de 17 anos e meio, que pode votar, já sabe
procriar e até matar por motivo banal, porque ele é tratado, como um ser "inimputável"...
A falta de boas Escolas, Hospitais adequados, Creches disponíveis para que os pais possam
trabalhar tranquilos, é tratada como um caso banal - "aqui é assim mesmo"...
O "administrador" que não soube gerir gerir os recursos públicos com objetividade e
transparência, não é punido - nem paga multa.
Quando muito, recebe uma advertência, é transferido para outra área - no máximo perde o
cargo, pois não há Lei que o responsabilize criminalmente.
A criança foi (mal)criada e (mal)educada nas ruas, o doente morreu na porta do hospital por
falta de vagas, equipamentos e médicos, cidadãos foram covardemente assassinados nas
estradas mal conservadas e/ou inadequadas ao fluxo real de veículos;
- mas os "responsáveis" por não "fazer nada" continuam nos seus gabinetes confortáveis
e trocam de cadeira, a cada eleição - não há Lei que os possa responsabilizar.
A TV vende imagens de desrespeito aos pais e às autoridades de todos os níveis, exalta o ato
sexual inconsequente, ensina a violência por meio de armas de todo tipo, e não há Lei para
cobrar dos produtores desse tipo de "entretenimento" a responsabilidade pela atual falta de
valor à vida, à família, às autoridades constituídas.
Não é suficiente alegar-se que basta trocar de canal - na miséria, o "lazer" da família é
deleitar-se com tudo o que passa na TV. Ninguém troca o canal...
Precisamos de Leis que desestimulem os possíveis criminosos, antes que cometam seu desatino -
eles só deixarão de cometer tantos crimes, quando perceberem que o "crime não compensa".
As Leis brasileiras precisam ser escritas de novo - com o olhar crítico dos profissionais do
Direito, da Polícia e até dos especialistas em língua portuguesa - qualquer palavra ou
expressão "enxertadas" no lugar errado, poderão abrir brechas que irão, no tempo conveniente,
beneficiar os assassinos da vida - no físico e na alma.
Construir mais presídios de segurança máxima, contratar mais conselheiros tutelares, criar mais
grupos de trabalho com especialistas em crimes pela internet - tudo isso é como tirar água do
oceano com um dedal - não resolve o problema na origem.
Criminosos e mentes deturpadas pelo mal existem em todas as Sociedades, em todos os tempos.
O que determina o baixo (ou alto) índice de criminalidade em cada País é a qualidade e a
execução de suas Leis, que precisam proteger a vida, os valores da família, basear-se nos
Preceitos do próprio Deus.
Daí, a solução está na qualidade dos LEGISLADORES aos quais vamos dar nosso voto de
confiança nas próximas eleições - depois é esperar que exerçam seu trabalho (ou não).
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