sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

BABÁ ELETRÔNICA

Há muitos anos temos ouvido argumentos prós e contrários na questão das entretenimentos virtuais dos quais nossas crianças gostam tanto. 
Quando minhas 3 filhas eram pequenas, costumavam assistir os programas do Daniel Azulay: - eram muito criativos e as meninas e seus amiguinhos adoravam.
Hoje os tempos são outros: - os programas infantis da TV contém cenas (e aulas) de violência, e os pais conscientes preferem que seus filhos brinquem com os tablets, seus filmes preferidos, os joguinhos do smarthphone - pelo menos dá para exercer algum tipo de controle.
Dia desses, ouvi um Pedagogo-Psicólogo que alertava para alguns aspectos aos quais os pais devem estar atentos. Disse que quando as crianças ficam muito tempo  "ligadas" nestes brinquedinhos eletrônicos, podem, na sua inocência, substituir a vida real pelo mundo virtual: - aquele que não traz consequências, não ensina deveres e responsabilidades - desliga num simples toque...
As crianças que ficam o tempo todo "plugadas", costumam se ausentar do que está acontecendo ao seu redor: - preferem o conforto dos conteúdos que já conhecem e dominam - e ficam sozinhas.
Elas assimilam os comportamentos, a linguagem e as atitudes de seus personagens favoritos, os quais podem não ser o melhor modelo de vida para elas.
O Especialista finalizou sua fala dizendo que "em alguns momentos de seu dia, é bom que as crianças fiquem sem nada para fazer - sentindo tédio - porque esse é o motor da imaginação"; quando ela não tiver à sua disposição nenhum brinquedinho que funcione com um simples toque, irá inventar alguma coisa para fazer, dando asas à sua criatividade natural!
Todos os que, como eu, nasceram no século passado, sabem como isso funciona: - as crianças faziam seus próprios brinquedos e achavam muito divertido.
Contudo, essas babás eletrônicas podem ser muito eficientes para potencializar as habilidades mentais das crianças, pois exigem atenção para aprender a usar as ferramentas da mais moderna tecnologia, com agilidade. Essas habilidades serão necessárias em seu futuro próximo.
O ideal é que pais e responsáveis procurem evitar a massificação: - quando todas as crianças aprendem e brincam com os mesmos jogos e assistem   os mesmos conteúdos,  padronizam uma mesma linguagem. 
Também é preciso verificar a autoria (intenção?) dos conteúdos dos filmes e joguinhos: -  podem ter sido criados por pessoas com valores opostos aos dos pais da criança, com propósitos escusos e indesejados.
A maioria dos pais e avós "corujas" da atualidade, consideram que a "sua" criança é muito mais inteligente que todos as outras. É que, com algum aparelhinho desses nas mãos, elas dão um banho de tecnologia em quase todos os pais e avós...
Mas sabemos que, mesmo sem os tablets, os smarthphones, e todos os demais equipamentos virtuais, as Civilizações sempre puderam contar com a contribuição de indivíduos "geniais" ou, no mínimo, muito inteligentes, que foram responsáveis pela "criação" de objetos, fórmulas, conceitos e teorias, ou mesmo maneiras de tornar a vida mais segura, saudável e até mesmo feliz.
Creio que podemos tirar o melhor das duas coisas: - permitir que as crianças se divirtam com essas babás eletrônicas, com equilíbrio. Mas que também lhes seja reservado um tempo para o ócio saudável - aquele tempo em que a imaginação cria asas. 
Então elas poderão desenvolver seu raciocínio a partir da observação, criar a partir do nada e poder ficar felizes mesmo se faltar a energia elétrica (ou uma bateria reserva...)!

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