quinta-feira, 10 de abril de 2014

OS POLÍTICOS E SUAS DINASTIAS

Infelizmente, mais uma denúncia de abuso de "poder" está sendo revelada no caso
do Deputado Federal André Vargas (PT-PR).
Poucos meses atrás, o Deputado foi flagrado ao viajar num jatinho particular, saindo
(com familiares e amigos) de Londrina (PR) para a cidade de João Pessoa (PB), 
possivelmente às custas de um doleiro chamado Alberto Youssef. 
Ele tentou justificar a opção pelo jatinho, dizendo que sairia mais barato do que
comprar as passagens num voo comercial, mas não convenceu: - a Controladoria 
Geral da União, bem como a Polícia Federal estão cobrando explicações.
Além dessa denúncia, também se investiga ligações do Deputado com o doleiro numa
"empresa" que remetia fundos ilegalmente para o exterior ; as informações dizem que
já se comprovou uma remessa ilegal de US$37 milhões ao exterior.
A Polícia está de posse de uma escuta telefônica do Deputado para o doleiro, na qual
ele pergunta "por que ainda não foi enviado o dinheiro para seu irmão", que reside no
exterior.
Acontece que não há justificativa plausível, e o Deputado, pressionado, está tentando
renunciar ao mandato, a fim de garantir sua elegibilidade futuramente.

Se este fosse um caso único, não seria motivo de grandes preocupações: - em algum
momento, esse Parlamentar terá que ajustar contas com a Justiça.
Mas sabemos que esse hábito de usar o cargo público para levar vantagens pessoais
já virou regra no meio Político, com raras excessões.
Ainda é recente a denúncia de um comportamento semelhante por parte do presidente
do Senado da República; só que ele preferiu usar um jato da Marinha, também para
comparecer a um compromisso particular, levando amigos e familiares.
Em geral, os candidatos depois de eleitos, não têm escrúpulos em empregar toda a
família e os amigos, em cargos públicos, que lhes garante acesso à máquina pública.
Depois que estão inseridos no "sistema", rapidamente fazem carreira e logo estão,
eles próprios a disputar cargos eletivos. 
Mesmo os parentes que têm o privilégio de residir no exterior, como parece ser o
caso em questão, podem ser beneficiados com "vantagens" proibidas ao cidadão
comum.
Faltam menos de 6 meses para as eleições majoritárias e a maioria dos cidadãos
brasileiros espera alguma mudança "para melhor" nesse cenário.
É a nossa vez de observar cuidadosamente a vida pregressa e o sobrenome de cada
candidato; verificar possíveis ligações com Políticos "centenários" ou empresários 
(legais ou não) que detém poder econômico. 
Não podemos continuar a eleger esses familiares das "dinastias" da Política.
Um candidato independente, sem vínculos familiares importantes, pode ser uma
opção melhor do que continuar com essa troca de cadeiras que vemos a cada eleição.
Em outubro próximo, através do voto de cada brasileiro, será possível mudar, de modo
significativo (ainda que gradual) esse "modelo de fazer política" que se estabeleceu 
em nosso País. 
Tenho consciência de que o leitor destes meus textos, sabe exatamente como deve votar.
Mas além de votar de modo consciente, precisamos exercer nosso papel de cidadania,
conversando com as pessoas menos esclarecidas, mostrando a elas os desvios da 
realidade atual e a realidade "possível", se cada brasileiro votar corretamente.
Afinal, pelo menos por enquanto, são os eleitores das classes C e D que determinam o 
resultado das eleições.




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