terça-feira, 15 de abril de 2014

DEFESA DE LUXO

O Sr. José Dirceu, condenado pelos crimes cometidos no caso Mensalão, recebeu
tratamento menos rigoroso que os réus que não são políticos, como o Sr.Marcos
Valério (seus sócios) e os Diretores do Banco Rural de Belo Horizonte, por exemplo. 
As penas são não equânimes, pois está fartamente demonstrado que o acusado, além
de Chefe da Casa Civil do Governo Lula, era Líder do PT e dirigia tudo com mão de
ferro - ele era o Comandante e sabia de tudo. 
Mas isso "já era" - as penas já foram definidas. O que incomoda é que esse prisioneiro,
(tão importante para a Presidência da República), não se aquieta para cumprir sua pena.
Na semana passada ele solicitou, ao Juiz Competente, permissão para "viajar" a fim de
passar os feriados de Pascoa com a família, que mora fora de Brasília (sede da prisão).
O pedido foi negado, por não se enquadrar nas normas de execução penal, mas o
Sr.Procurador da  República chamou a questão para si, e mandou um parecer (favorável
ao pedido), para as mãos do Ministro Presidente do STF - o Ministro Joaquim Barbosa.
Agora a "batata quente" voltou para as mãos do nosso Batman: - mais uma vez ele terá 
de deixar de lado todos os demais Processos que estão à espera de Julgamento, para 
conceder (ou não) mais essa regalia a um preso condenado justamente. 
Não sou técnica na área do Direito, mas sempre pensei que a Procuradoria da República
tivesse a função de defender a Nação, representada por seu povo, seu território e bens,
a ordem geral e o cumprimento de suas Leis.
Neste caso dos condenados petistas, parece que a defesa dos condenados nunca termina,
e a cada oportunidade abre-se uma nova "janela" para aliviar suas penas.
O que torna o fato grave, é que essa defesa está sendo feita por um Órgão Federal, que
deveria tratar de assuntos de maior prioridade e relevância para a Nação Brasileira.
É lamentável que o Governo, depois que o Julgamento do Mensalão abriu as entranhas
de corrupção no seu Partido, não tenha tido a coragem de riscar esses personagens de 
sua agenda - eles ainda estão no centro das discussões.
Gasta-se tempo e recursos preciosos para cuidar de seu "conforto pessoal".

O povo brasileiro quer um "jeito de fazer política" diferente. 
Ainda que não se possa evitar os "favorecimentos" aos mais chegados (como ocorre 
em quase todos os Governos do mundo), o Brasil continua a ser uma Democracia.
Lá nos tempos da Grécia antiga, a Democracia foi idealizada como uma forma de 
governar "indistintamente para o povo e pelo povo".
Quando um candidato é eleito para o cargo maior do nosso País, precisa abandonar as
questões particulares do Partido que o elegeu. Seu compromisso, seu trabalho árduo,
sua atenção, devem ser a favor de todos os brasileiros - e há tanto a fazer... 

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