sábado, 23 de novembro de 2013

SÃO CRIMINOSOS COMUNS

Nestes dias de forte turbulência em Brasília, com a prisão dos mensaleiros, uma alegação falsa foi feita pelo Zé Dirceu e o Genoíno: - eles se dizem presos políticos. Trata-se de uma incongruência, pois a maioria dos Ministros do STF, que os condenou, foi nomeada e considerada de extrema confiança e competência pelos Governos de Lula e Dilma  - ambos do PT.  
Eles foram julgados e condenados porque praticaram crimes "comuns" (para os colarinhos-brancos),
de desvio do dinheiro do povo para seus próprios bolsos.
Deixando essa falsa alegação de lado, quero refletir nos crimes que eles cometeram.
- Muitos brasileiros morreram por falta de atendimento médico adequado, pois não sobrou dinheiro para construir e equipar hospitais e nem para contratar (e pagar bem) mais médicos.
- Meninos e meninas foram para as ruas e se tornaram menores delinquentes, porque não sobrou verba para construir boas Escolas, nem contratar bons professores que pudessem garantir uma escolaridade decente, que pudesse proporcionar qualificação para o trabalho.
- Cidadãos brasileiros, de todas as idades, morreram em acidentes de trânsito, causados por defeitos de construção ou falta de manutenção nas rodovias, pela falta de viadutos e passarelas indispensáveis, cujos Projetos nunca saíram do papel, pois não havia verba no orçamento... 
- Os Projetos de transporte por ferrovias e rios, baseados em modelos dos Países desenvolvidos, também nunca saíram do papel: - permanecem engavetados na mesa de algum burocrata, pois não havia verba... 
- A criminalidade corre solta no País por falta de empenho para rever e atualizar (refazer) Códigos de conduta Civil e Criminal;  é que eles não tinham tempo, competência e nem interesse em mudar o cenário atual, a menos que conseguissem vantagens pessoais com Projetos faraônicos. 
Há décadas existem Projetos de reforma da Legislação Criminal engavetados em algum porão qualquer, porque são temas difíceis (exigem conhecimento específico e muito trabalho) e não rendem voto.
- Os jovens sem base familiar consistente, vendo o "sucesso" desses políticos de causa própria, filiaram-se rapidamente aos Partidos Políticos com o fim de também obter vantagens pessoais:  - afinal, nem era preciso estudar ou trabalhar para se dar bem na vida...
Hoje nosso Parlamento abriga muitos homens e mulheres jovens (felizmente não a maioria), eleitos para fazer Leis e fiscalizar o Executivo, que não trabalham de verdade.  O pouco tempo que passam na Casa de Leis é gasto com reuniões que não buscam os interesses do povo, conversas e bate-papos inconsequentes, encontros fortuitos e questionáveis, além de festividades para homenagear-se mutuamente.
Não se preocupam em "mostrar serviço", pois o eleitor não cobra produtividade deles: - em geral, não temos memória. Ainda vai levar algumas décadas para depurar essa Geração de Mercenários, que floresceu com a impunidade.
É sintomático o fato dos mensaleiros "conhecerem" o Presídio nessas circunstâncias: - suas ações incorretas ou omissões oportunistas ao longo de décadas, é que conduziram o povo brasileiro às condições de miséria, falta de educação e de bons princípios, as quais possibilitaram esse número vergonhoso de prisioneiros comuns, que poderiam ter sido cidadãos decentes, caso o Brasil tivesse sido Governado com seriedade.
Então, os crimes parecem ser de extrema gravidade: - em termos formais, pode-se dizer que não havia intenção de matar, incentivar a criminalidade dos "menores infratores", causar acidentes nas estradas, ou deixar péssimo exemplo de como "não" se fazer política. 
Mas foi exatamente isso que fizeram, com sua omissão aos interesses do Brasil. 
Cometeram crime quando deixaram crianças fora das escolas, mesmo os pequeninos pobres sem creche, para que os pais pudessem trabalhar honestamente. 
Cometeram crime quando gastaram verba excessiva com viagens internacionais (levando a família), para "reuniões com Autoridades" de outros Países, que nunca resultaram em benefícios concretos para a vida dos brasileiros. Enfim, cometeram o crime de roubar a confiança e o futuro da Nação.
A relação dos condenados pelos crimes do Mensalão não está finalizada.
Creio mesmo que sempre haverá nomes para acrescentar, mesmo depois de finalizado esse Processo:
- outros esquemas semelhantes são revelados quase semanalmente.
Mas nenhum desses condenados, agora encarcerados, pode alegar perseguição por idealismo político. 
Os candidatos com ideais políticos de verdade, muitas vezes ignorados pelo eleitor desinformado, não pensam em fazer rapina, não procuram enriquecimento ilícito, não buscam interesses pessoais. 
Eles lutam pela transparência no uso dos recursos públicos, buscam o progresso da Nação. 
Não se vendem; não fazem conchavos para chegar ao "poder" a qualquer custo. 
Esses poucos corajosos nunca permitiram que sua consciência fosse cauterizada, porque sabem que nenhuma causa ou ideal justifica o cometimento de crime: - afinal os fins "não" justificam os meios.


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