quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O QUE O POVO REALMENTE DESEJA?

Há um filósofo atual que respeito - Luiz Pondé - cujas declarações coincidem com algumas das minhas ideias. Durante sua recente visita à nossa cidade, ele falou sobre as eleições presidenciais do próximo ano, e sobre as expectativas do povo brasileiro. 
Quando pudemos assistir (ou participar) das recentes manifestações populares, as paralisações coletivas, os movimentos sociais que pareciam vir da base, nosso coração se aqueceu com a esperança de que, finalmente, a geração atual estivesse atingindo a fase da consciência coletiva, aquela que busca o que é melhor para a Nação. É verdade que alguns (como eu) imaginavam que podia haver interesses pessoais e egoístas por trás dessas "ações populares". 
Pois bem: - o filósofo afirmou que "o povo (apenas) espera que suas contas sejam pagas pelo Estado com instrumentos como o Bolsa-Família e outros similares, numa relação de puro clientelismo".
"Quanto à elite, ela tão somente espera que o Estado conceda financiamentos e privilégios, por exemplo, via empréstimos pelo BNDES"; é o mesmo tipo de clientelismo: - apenas são clientes vip...
Seria hipocrisia criticar a elite: - eu queria fazer parte dela... Também não dá para jogar pedras nos miseráveis que preferem viver à custa dos favores de qualquer pessoa que trabalhe duro - seja o patrão, o parente rico ou o Estado: - pelo menos, está funcionando para eles, do modo como suas mentes limitadas entendem o que significa viver. 
Mas traz desesperança esse olhar míope da maior parte dos brasileiros: - basta o sustento para o mês, o futebol (de péssimo nível), garantia de parceiros sexuais e uma batucada de mau gosto para aquietar o pensamento, afastar as preocupações e deixar o País por conta dos Poderosos.
A elite mesmo que resida em palacetes com tapete persa, também tem visão pequena quando busca seu particular benefício ou vantagem, à custa da riqueza da Nação.
Esse modelo não gera desenvolvimento: - a desigualdade conduz à desintegração dos valores, e "toda" a geração futura sofrerá com o resultado - não importa se ricos ou pobres.
Os registros históricos dos Países que alcançaram o progresso, mostram que eles optaram pela igualdade de condições quanto aos direitos e deveres; todos os cidadãos são responsáveis por suas vidas e precisam trabalhar duro, qualquer que seja sua área de atuação. 
Leis foram feitas para proteger e premiar o esforço e o trabalho: - não há espaço para o clientelismo. 
Quando pensamos nas Eleições Majoritárias de 2014, discutir possíveis candidaturas melhores, mais preparadas, com propostas para elevar o padrão de qualidade do Brasil, para que tenhamos um futuro melhor, pode ser um esforço vão. É que a massa do povo brasileiro, em sua maioria, não quer gastar seus neurônios com a questão do futuro: - se continuar recebendo a mesada mensal, está bom - melhor não mexer...  Quanto ao time da elite burra, eles também não querem nenhuma mudança: - "não se mexe em time que está ganhando"...
Então no meio dessas duas massas tão fortes, ficamos nós, trabalhadores que continuamos pagando a conta, com impostos que nunca revertem em nosso benefício. Talvez estejamos abrindo espaço para esse tipo de situação, por nossa passividade, por aquele sentimento do "deixa pra lá". Alguns especialistas afirmam que as melhores técnicas para mudança nos rumos de uma Nação, são o diálogo, a propaganda pessoal, a persuasão sem armas. Nesse caso, é preciso contagiar as pessoas desinformadas, falando com elas sobre os assuntos que são relevantes, conversar com as pessoas que pertencem à "massa"; utilizar nossas melhores técnicas de convencimento e persuasão.
É certo que dá trabalho: - é cansativo falar com pessoas de baixo nível cultural, ou aquelas que pertençam ao Grupo dos "pacotes de bondade"; mas não há outro caminho, se quisermos mudar os rumos de nosso País. Cada cidadão consciente precisa fazer a sua parte: - gastar tempo em debates, reuniões de condomínios, de Igrejas, conversar com os empregados, com a vizinhança.
Talvez alguns digam que é puro romantismo, idealismo, utopia - pode até ser. 
Mas no caso do Brasil, tendo chegado ao ponto em que chegou, nem mesmo o voto pode ser considerado uma arma. Talvez reste mesmo a técnica do diálogo, da luta não armada para garantir uma mudança a partir da base.
Só então as gerações futuras (nossos descendentes) poderão sentir orgulho e patriotismo por seu País: - será um bom lugar para se viver.

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