terça-feira, 8 de julho de 2014

MULHERES QUE NÃO VALEM TANTO ...

O rapto das meninas por integrantes da milícia Boko Haran na Nigéria parece que já se tornou um
caso perdido. Todos os vídeos foram exaustivamente exibidos nas mídias, a ação foi reprovada 
pela maioria dos seres humanos, mas até o momento, as meninas estão desaparecidas;
- teme-se o pior, em todos os sentidos (talvez, para as vítimas, a morte seja o menor dos males...).
Esse grupo terrorista usa o sequestro e a violação de mulheres como estratégia de guerra:
- eles exibem suas vítimas como prova de seu domínio, sua impunidade e, por fim, como troféu;
afinal eles dizem que estão agindo para preservar a "pureza" de sua doutrina religiosa.
Há poucos dias a atriz Angelina Jolie conseguiu, com seu prestígio pessoal, mobilizar autoridades 
de vários Países para que o tema seja discutido e alguma providência seja tomada para socorrer 
as meninas e mulheres vítimas - a reunião aconteceu em Londres. Prometeu-se "tomar providências"...
Ainda assim, permanece essa incômoda "impossibilidade" de encontrar e libertar essas meninas e mulheres, neste tempo de satélites espiões que enxergam até um alfinete numa gaveta de uma 
casa qualquer, em qualquer lugar do mundo.
Como explicar que esses terroristas consigam manter essas meninas tão bem escondidas, por tanto tempo - são mais de 200?
Onde está a inteligência da ONU, dos Países defensores dos direitos da criança e do adolescentes?
Como explicar que um bando de homens com recursos limitados possa triunfar sobre a tecnologia e
sobre os especialistas em vigilância, com seus equipamentos de última geração?
De onde chegam suas armas? Quem lhes dá suporte logístico? A quem interessa?
Além disso, há um questionamento inevitável: - será possível que não seja tão urgente e prioritário libertá-las, por se tratar de meninas (e mulheres)?
Como justificar o "respeito" que os líderes mundiais prestam a esse bando de criminosos, que nem
mesmo representam uma Nação? Eles nem possuem território.
Além desses crimes, são inúmeras as mulheres de alguns países da África, cujos rostos são 
desfigurados com ácido, por ciúmes de seus companheiros.
Quando o abuso contra os direitos humanos acontece na metade ocidental do Planeta, a imprensa mundial e as mais importantes Autoridades são rápidas e eficientes: - exigem tratamento
"humanitário" às minorias, sejam elas crianças vítimas de tráfico humano, homossexuais e até animais.
Nesse caso em que o crime é cometido contra as mulheres, assusta verificar o "respeito" que se
presta à essa "cultura local" que desvaloriza a mulher.

Aqui no Mundo Ocidental (em parte civilizado) as mulheres conquistam, a cada dia, mais direitos de igualdade, de respeito, de espaço próprio - acabamos por nos acostumar com isso, e pensamos que o mesmo acontece no resto do mundo.
Mas sabemos que em muitas regiões do Planeta as mulheres ainda lutam pela mera sobrevivência:
- nem sonham em exigir liberdade de escolha... 
Pior que isso, constatamos que os Líderes Mundiais preferem "respeitar" a soberania dos povos,
mesmo que sua "cultura" seja cruel e desumana.

Sofremos por essas mulheres e meninas - mas, daqui, só podemos pedir que Deus cuide delas. 
Ações efetivas de resgate e livramento são de responsabilidade dos que se "escondem" em
gabinetes com tapete vermelho - sejam eles políticos, fabricantes e comerciantes de
armas de guerra ou religiosos, com seus belos discursos!



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