Há muitos anos temos ouvido argumentos prós e contrários na questão das entretenimentos virtuais dos quais nossas crianças gostam tanto.
Quando minhas 3 filhas eram pequenas, costumavam assistir os programas do Daniel Azulay: - eram muito criativos e as meninas e seus amiguinhos adoravam.
Hoje os tempos são outros: - os programas infantis da TV contém cenas (e aulas) de violência, e os pais conscientes preferem que seus filhos brinquem com os tablets, seus filmes preferidos, os joguinhos do smarthphone - pelo menos dá para exercer algum tipo de controle.
Dia desses, ouvi um Pedagogo-Psicólogo que alertava para alguns aspectos aos quais os pais devem estar atentos. Disse que quando as crianças ficam muito tempo "ligadas" nestes brinquedinhos eletrônicos, podem, na sua inocência, substituir a vida real pelo mundo virtual: - aquele que não traz consequências, não ensina deveres e responsabilidades - desliga num simples toque...
As crianças que ficam o tempo todo "plugadas", costumam se ausentar do que está acontecendo ao seu redor: - preferem o conforto dos conteúdos que já conhecem e dominam - e ficam sozinhas.
Elas assimilam os comportamentos, a linguagem e as atitudes de seus personagens favoritos, os quais podem não ser o melhor modelo de vida para elas.
O Especialista finalizou sua fala dizendo que "em alguns momentos de seu dia, é bom que as crianças fiquem sem nada para fazer - sentindo tédio - porque esse é o motor da imaginação"; quando ela não tiver à sua disposição nenhum brinquedinho que funcione com um simples toque, irá inventar alguma coisa para fazer, dando asas à sua criatividade natural!
Todos os que, como eu, nasceram no século passado, sabem como isso funciona: - as crianças faziam seus próprios brinquedos e achavam muito divertido.
Contudo, essas babás eletrônicas podem ser muito eficientes para potencializar as habilidades mentais das crianças, pois exigem atenção para aprender a usar as ferramentas da mais moderna tecnologia, com agilidade. Essas habilidades serão necessárias em seu futuro próximo.
Contudo, essas babás eletrônicas podem ser muito eficientes para potencializar as habilidades mentais das crianças, pois exigem atenção para aprender a usar as ferramentas da mais moderna tecnologia, com agilidade. Essas habilidades serão necessárias em seu futuro próximo.
O ideal é que pais e responsáveis procurem evitar a massificação: - quando todas as crianças aprendem e brincam com os mesmos jogos e assistem os mesmos conteúdos, padronizam uma mesma linguagem.
Também é preciso verificar a autoria (intenção?) dos conteúdos dos filmes e joguinhos: - podem ter sido criados por pessoas com valores opostos aos dos pais da criança, com propósitos escusos e indesejados.
A maioria dos pais e avós "corujas" da atualidade, consideram que a "sua" criança é muito mais inteligente que todos as outras. É que, com algum aparelhinho desses nas mãos, elas dão um banho de tecnologia em quase todos os pais e avós...
Mas sabemos que, mesmo sem os tablets, os smarthphones, e todos os demais equipamentos virtuais, as Civilizações sempre puderam contar com a contribuição de indivíduos "geniais" ou, no mínimo, muito inteligentes, que foram responsáveis pela "criação" de objetos, fórmulas, conceitos e teorias, ou mesmo maneiras de tornar a vida mais segura, saudável e até mesmo feliz.
Creio que podemos tirar o melhor das duas coisas: - permitir que as crianças se divirtam com essas babás eletrônicas, com equilíbrio. Mas que também lhes seja reservado um tempo para o ócio saudável - aquele tempo em que a imaginação cria asas.
Então elas poderão desenvolver seu raciocínio a partir da observação, criar a partir do nada e poder ficar felizes mesmo se faltar a energia elétrica (ou uma bateria reserva...)!